Esta foi a minha primeira incursão da escrita de Fernando Dacosta, cujo nome retenho do jornalismo e a cuja escrita sabia que teria de chegar, mas cuja prioridade ia sendo constantemente adiada. Este ano, no âmbito da temporada 22-23 do Clube de Leitura da Biblioteca Palácio Galveias, cujo tema Ditadura, Guerra colonial e pós 25 de abril coincide exatamente com os seus grandes temas, chegou finalmente a vez de descobrir a sua escrita. O livro selecionado acabou por prender-se com uma razão pragmática – o número de exemplares disponíveis – pois poderiam ter sido vários a enquadrar-se.
Então o que e como (re)trata este O Viúvo? Através da história
de um homem o autor pretende simbolizar o fim do império por parte de Portugal
e consequentemente a sua ideia de grandeza e de perpetuidade, que associamos ao
conceito. Então o que temos? Um só e fechado sobre si mesmo, em que os outros são
mantidos a uma distância de segurança que se observa, mas com que não se
imiscui, salvo raras excepções.
Possui algumas reflexões interessantes e lembra-me o
conceito de síntese e alegoria de Cardoso Pires em Excelentíssimo Dinossauro,
embora sem lhe atingir a grandeza e apuramento de ironia. Gostei de conhecer a
escrita do autor, mas creio que não seja o seu melhor trabalho, o que é um
pouco parvo declara, uma vez que desconheço o restante. O que quero dizer é que
lhe reconheço mérito, mas um trabalho com algum aquém. Por isso mesmo, gostaria
de voltar à sua escrita, embora não dizer se ou quando o farei. No que diz
respeito a futuras leituras, nunca sei dizer realmente que rumo irão tomar.
Revisão:
|M. Manuel Vieira Constantino Edição: Casa
das letras | Local: Alfragide | Edição/Ano: 5ª NOV 2007 | Impressão: Mirandela SA
| ISBN: | DL: 298214/09 | Localização: BLX Marv 82P 34/DAC (80365187)
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