Não (sou) era leitora de fantasia

Não tenho por hábito ler fantasia, por nenhum motivo em particular, senão o de acho sempre que não consigo imaginar os mundos criados com a mesma riqueza de detalhes que os seus autores. Ou seja, que fico sempre aquém como leitora. E, agora que o escrevo, parece uma razão parva. Como o serão tantas outras.

No último ano, dediquei-me a conhecer duas séries de livros. E porquê?, perguntam vocês. Por curiosidade, é claro, e para perceber melhor o que tem o género de apelativo, para além dos mundos extraordinários.

Alguns livros volvidos, posso dizer que percebi e me tornei, não diria fã, mas com vontade de incluir este género nas minhas leituras. E porquê?, perguntam vocês, novamente. Porque percebi que são uma excelente maneira de abordar e refletir temas sociais e políticos, por exemplo. Sem o fazer diretamente, mas abstraindo para mundos, permite (des)construir lógicas de pensamento e dinâmicas sociais transversais a diversas épocas e culturas, sem que se esteja a falar de uma em particular. Por exemplo, falar de ascensão ao poder - legítimo e ilegítimo -, empoderamento, discriminação, entre tantos outros.

Não sei que livro(s) lerei a seguir. Pois, o mais chato é perceber que o género funciona demasiado na lógica da série, o que me deixa indecisa, mas não me retira a curiosidade. Até aceito sugestões para, pelo menos iniciar-me numa nova aventura de leitura neste verão.



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