Tive conhecimento deste livro na edição de 2022 da Noite da Literatura Portuguesa. Desde aí que faz parte das minhas intenções de leitura. As minhas expectativas não saíram goradas. A história oferece-nos tantas camadas e perspectivas que tenho é dificuldade em elenca-las. Por isso, em vez das minhas palavras insuficientes, deixo-vos dois parágrafos do prefácio, da autoria de Ana Cristina Santos, socióloga e investigadora em Estudos de Género:
“Que significa vestir a pele de outra pessoa? Pode um
cordeiro vestir a pele de um lobo e descobrir, afinal, que a coragem do lobo é
meramente performativa? Que privilégios resultam de ocupar, mesmo que por um
tempo limitado, um lugar de pertença a que chegámos por acaso? E que
responsabilidades crescidas decorrem desse conhecimento a partir de dentro?
Onde se traça a linha de fronteira que delimita identidades? Quem beneficia de
um regime apostado em criar muros e alteridade, em vez de pontes e empatia?
(…)
Pele de Homem é aquilo que dele fizermos. As suas páginas
são atravessadas por temas tão atuais e relevantes como o sexismo, a
diversidade, o desejo homoerótico, a autodeterminação, o direito ao prazer, a
autonomia, a identidade e expressão de género, o assédio, o gay bashing e
demais formas de violência, os modelos diversos de parentalidade e de educação,
a socialização de género, o papel da religião e a heteronormatividade. Em
poucas palavras, Pele de Homem é um livro sobre poder e resistência. Mas é
também, mas especificamente, um livro sobre ideologia de género – a ideologia de
quem (re)produz normas que reduzem o potencial humano à ditadura da narrativa
única e a história de quem resiste no dia-a-dia nas vidas (bem) vividas.”
Título Original: Peau D’Homme
| Tradução: José Hartvig de Freitas | Revisão: Arnaldo Pedro e Carina Correia |
Editora: A Seita | Local: LX | Edição/Ano: 1ª, maio 2022 | | Págs.: 160 |
ISBN: 978-989-53382-9-0 | DL: 499484/22 | Localização: BAma ZAN PEL
BPS
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