No que à escrita diz respeito,
sou uma procrastinadora nata e se não definir algumas metas, não cumpro
nenhumas sequer. De há algum tempo para cá, procuro habituar-me à definição de
objetivos concretos. Claro que o cumprimento deixa a desejar, mas também é
verdade que grão a grão o meu projeto de escrita vai ganhando alguma dimensão. E
com isso a minha consciência de que há tanto que ainda tenho de fazer para que
o mesmo seja alquilo que eu gostaria de ler.
Entre as metas definidas para
o final do ano e as definidas mensalmente (nem este mês consigo cumprir os de
Julho) tenho a consciência de que o cansaço (mental e digital), alguma insegurança,
a necessidade de desenvolver e estruturar ideias e o tempo necessário aos
compromissos pessoais e familiares levam muitas vezes a melhor. Mais do que uma
questão de organização, é uma questão de disciplina, eu sei. Vou estabelecendo
dias e blocos de tempo para o efeito e tenho muita gratidão pela técnica
pomodoro. Ainda assim… não tem tido a eficácia e eficiência que desejaria.
Nestes últimos dias, em que
tenho estado de férias, avancei mais um pouco. Como isso, lá veio novamente a
constatação de que o que me propus vai demorar bastante a ter uma primeira
versão legível e partilhável. Não é que isso me esmoreça, mas exige um
investimento de persistência que não é fácil, face a um resultado completamente
imprevisível, no sentido do que farei com esse manuscrito digital. Mas o fato é
que estou comprometida comigo mesma a levar este projeto adiante, apesar dos
cansaços, da noção de tudo o que tenho de fazer e aprender e do investimento temporal
e emocional que implica. Mas lá vou eu, mais uma página de cada vez…
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