Mas, afinal, o que é que fazes na biblioteca?

 


É uma pergunta que de vez em quando aparece. Seja porque ainda há quem tenha uma imagem estagnada do que é uma biblioteca, seja porque, na verdade, raras vezes sabemos o que implica cada trabalho. Como tenho a sorte de ter um trabalho com uma grande vertente criativa, isso torna, por vezes, ainda mais complexo perceber como são os meus dias profissionais.

Hoje, fiz o exercício de exemplificar uma semana do meu trabalho. Ou seja, mostrar o quanto é dinamização de atividades, o quanto é preparação das mesmas (acreditem, não é suficientemente exemplificativo, porque para chegar ao nível de uma ou duas horas prévias de revisão, há muitas muitas mais horas de preparação), o quanto é atendimento, entre outras.

O que não consigo mostrar é o quanto nada disto é linear. Aqui não ficam demonstradas as horas e os livros lidos para alimentar quer as atividades, quer a capacidade de atendimento. Aqui não fica necessariamente explicito o quanto de preparação é feita simultaneamente em balcão. Aqui não fica o quanto há de vontade de fazer ainda muito mais, mas nem sempre é possível. Aqui, o que mais talvez transpareça é que os meus dias não são exatamente iguais, os horários também não. O que não sei se transparece é o quanto isto me desafia enquanto pessoa e enquanto profissional. Mas isso, creio que já perceberam por tudo o resto, não é?

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