Tenho o livro Há umas
semanas, cortesia da editora. Mas só nos últimos dias me dediquei a ele, pois
estava prevista uma visita da autora esta semana a Lisboa, a seria a autora
deste mês do Escrita em Dia, então queria ter a leitura fresquinha na cabeça. Um
imprevisto impediu a sua vinda, mas aqui ficam as minhas impressões de leitura.
A meu ver, esta é uma
alegoria gótica em que a autora, através de diversas gerações de mulheres,
explora o modo como a violência e os diversos comportamentos tóxicos por si
gerados se replica de geração em geração de modo tão arreigado que impossibilita
quebrar qualquer ciclo. Esta violência tem diversas dimensões, sendo as social,
económica, geracional e de género as mais óbvias. Em cerc de 120 páginas de uma
eficácia narrativa, uma linguagem rica (à qual a tradução de Guilherme Pires é de
relevar), a autora leva-nos por uma espiral e um fim negro (é spoiler, mas eu
gostei!). Afinal, a luz só pode surgir depois da escuridão total.
Se ainda não deram oportunidade
para que este caruncho vos carcoma, ide, ide, que vão bem!
Título Original: Carcoma |
Tradução: Guilherme Pires | Revisão: Madalena Caramona | Editora: Antigona |
Local: LX | Edição/Ano: 1ª, mar 2024 | Impressão: Gráfica Maiadouro | Págs.: 120 | ISBN: 978-972-608-455-6| DL: 528705/24
| Localização: Pax
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