Há muito que
andava para ler este livro. Aliás, há muito que ando para ler todos os títulos
vencedores do Prémio Leya, objetivo que tem vindo a ficar para trás, face a
todos os outros desafios de leitura. Claro que um Clube de leitura incentivou
esta leitura e agora até tinha vontade de retomar este objetivo, mas, para ser
sincera, não me vou comprometer.
Não sei do que
estava à espera deste livro, mas o certo é que apreciei bastante, embora nem
sempre a sua leitura fosse fácil, uma vez que o autor, em homenagem a Aquilino Ribeiro,
recupera vocabulário em desuso citadino.
A história, ou
melhor, as histórias passam-se num interior rural de um Portugal à beira de uma
revolução, mas cuja distância e isolamento impedem a total captação das reverberações prévias a essa mesma revolução. Relata as vozes um país interior em
extinção, o seu coro de defuntos, numa transposição da alegoria da caverna para
uma diferente geografia e que utiliza a metáfora do estilhaçar da pedra para o
término deste mundo circunscrito. Um mundo em que se sabia mais da ida do homem
à lua do que do seu próprio país.
António Tavares
revela um domínio linguístico e narrativo invejáveis e que me deixam curiosa
para conhecer mais da sua obra.
Revisão: Madalena
Escourido | Editora: Leya| Coleção: Prémio Leya | Edição/Ano: 2ª, dez 2015|
Local: LX | Capa: Rui Garrido | Impressão: Multitipo, AG| Págs.: 214 | ISBN:
978-989-660-391-5 | D.L.: 401970/15 |Localização: BLX BPG 82P-31/TAV (80383510)
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