Arthur Less poderia ser o meu alter ego literário. Pelo menos, compreendo muito bem algumas das suas ansiedades e, para o bem e para o mal, algumas das suas divagações pela vida e meia idade.
Se gostei do humor e incertezas do primeiro livro, estava um pouco receosa sobre uma segunda aventura. Afinal, nem sempre retomar uma personagem que nos fez feliz é sinónimo de nova felicidade.
Felizmente, os dois livros são bastante equitativos em termos de humor e percurso pelo qual nos levam. Felizmente também, a personagem de Less não é descaraterizada, mas temos mais, muito mais de Freddy Pellu, o nosso narrador, que nos faz compreender ainda mais, não só Less, mas a dinâmica da relação de ambos. Ou seja, não me senti nada, nada defraudada e voltei a dar umas belas risadas (a sério, cuidado como acondicionam máquina de barbear e itens de roupa).
Se houver uma terceira desventura de Less, lá estarei. Mas até espero que não, pois creio que este livro atingiu um equilíbrio entre personagens.
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