Este ano marca o 10º
aniversário da minha entrada na Câmara Municipal de Lisboa (CML) e na Rede de Bibliotecas
de Lisboa (BLX). Têm sido anos intensos, dedicados, de muitas aprendizagens e
com muitas pessoas com quem me cruzei. Mas a minha experiência em bibliotecas
começou uns meses antes, ainda em Sintra.
Há dias, encontrei uma sebenta com alguns apontamentos
dessa época, alguns dos quais fui partilhando no blogue, que criei exatamente
para acompanhar este novo período da minha vida. Encontrar a sebenta foi
inesperado e deu-me oportunidade de (re)lembrar questões e detalhes que a
memória tinha deixado lá atrás. 10 anos depois, é curioso ler alguns dos meus
receios e expectativas e o modo como alguns se concretizaram ou desvaneceram.
Então vamos lá:
a) Voltar
ao atendimento ao público. Quando
ingressei nas bibliotecas, voltei ao atendimento ao público, depois de um
interregno de talvez 2 anos. Já não sei precisar. Sendo que o atendimento,
perfazia a grande totalidade das tarefas/responsabilidades. Já em Lisboa, gradualmente
comecei a dinamizar atividades, que é outra forma de atendimento (especializado)
ao público, embora muita gente o veja desta forma.
b) Não ter
formação formal em bibliotecas (e não desejar necessariamente tê-la). Embora sinta falta em alguns
momentos, o facto é que fui trilhando um caminho pela mediação de leitura em
que este conhecimento paralelo, é importante, mas não é essencial.
c) O eventual
impacto nos meus hábitos de leitura. O facto é que o meu volume de leitura aumentou, tanto
que este ano resolvi abrandar. Em determinados períodos, centrei-me em
temáticas especificas. Aprendi imenso e partilhei aprendizagens. Sobretudo,
tenho feito a escolha consciente de conhecer autores nacionais e do espaço da
lusofonia.
d) Constatar
que, em 6 meses, integrei 3 equipas de trabalho. Este é um daqueles pormaiores que quase tinha
esquecido. Talvez pelo facto de saber, que estaria temporariamente nessas
equipas. O facto é que também já não estou na equipa que me acolheu nas BLX. O
trabalho em equipa é complexo, com imensas dinâmicas pessoais e exigências. Não
há equipas iguais e estas funcionam conforme
os elementos que as compõem. Há equipas, mérito de quem as dirige. Há grupos
funcionais de pessoas. E basta uma pessoa para minar seja o que for.
Não sei o que me espera nos próximos anos
profissionais. Provavelmente, andarei pelas bibliotecas até à reforma. E daí,
nunca se sabe. Afinal, nunca tinha pensado muito bem em trabalhar em
bibliotecas, até ao concurso para a CML. Sei que a mudança faz parte e é
desejável. É necessária para acomodar as nossas transformações pessoais e as
que nos rodeiam. Acredito, inclusive, que 2025 será um desses anos. E estou
curiosa…
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