De
que falamos quando falamos de invisibilidade no/do nosso trabalho? Há pelo
menos duas formas de (In)Visibilidade:
1) a da preparação de uma atividade (e
sobre o qual já desenvolvi anteriormente) e como cada atividade é a ponta do
icebergue dos nossos conhecimentos técnicos e experiências pessoal e
profissional;
2) o modo como o nosso trabalho este é
percecionado. Ou seja, a repercussão que este tem para um público exterior (e
não necessariamente participante) e que, atualmente, passa pelo seu engajamento
nas redes sociais.
Há
um provérbio que diz “à mulher de césar não basta ser, tem de parecer”.
Atualmente, em termos profissionais, não basta fazer, temos de aparecer. Por
vezes, um trabalho empenhado, de qualidade e com adesão por parte do público
pode não ter o reconhecimento devido porque simplesmente não há uma evidência
partilhável nos media. Além de injusto para com o profissional, é reflexo de
uma certa tirania em que likes muitas vezes mecânicos e aleatórios pendem mais
do que a qualidade do trabalho.
Já
tenho testemunhado esta desvalorização perante colegas, tal como já a senti
simplesmente porque considero que nem tudo o que fazemos tem de resultar numa
foto instamagravel.
Há
muito que percebi a necessidade de ir partilhando o que faço. Pelo menos, parte.
Partilho as leituras com que construo as atividades, algumas reflexões, divulgo
novos projetos e estou acessível para contacto via redes sociais. Também há
muito tempo, defini que os meus perfis são 98% para utilização profissional,
por isso é que as utilizo para serem simultaneamente um repositório e uma forma
de promoção. Pois, se não for eu a acreditar e validar o meu trabalho, quem
mais?
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