Li há pouco alguns livros da autora, que conheci através de Aqui é um bom lugar. Desta feita, foi a vez de conhecer esta A Rainha do Norte
e, sabem que mais, adorei! Porquê? Porque através de uma história simples, nos
fala de assunto sérios e simultaneamente desconstrói alguns estereótipos.
Aqui a princesa não vive feliz para sempre, mas o amor é
resiliente e compreensivo e está presente na doença e na tristeza. E no final,
sim, vence. Apesar de princesa, a sua vida está longe de ser perfeita porque,
apesar do amor do seu príncipe, é uma vida solitária. Longe do seu país, de
amizades, da sua cultura. Afinal, amor e uma cabana só funcionam em certas
cantigas. Na realidade, somos muito mais do que uma relação a dois. E há tantas
solidões que podemos não ser estrangeiros, mas somos estranhos à realidade que
nos rodeia. E o corpo reflete a solidão através da doença, que não é fácil de
identificar e cujo tratamento exige a tal resiliência, porque a certa altura
instala-se de tal modo no corpo que reeduca-lo é por vezes uma tarefa hercúlea.
Gostei tanto deste livro, que sendo para mais jovens, bem
pode ser lido por mais velhos, porque a sua tónica de esperança é tão necessária.
Não sei quando, não sei como, mas sei que vai passar a ser uma sugestão de
leitura constante.
Revisão/Edição: Planeta
Tangerina | Local: LX | Edição/Ano: 1ª jun 2013 | Impressão: Guide AG | Págs.:
399 | Capa: Panóplia | ISBN: 978-989-8633-19 | DL: 360548/13 |
Localização: BLX MK 82P-31/FRE (80243219)
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