Notificações e chico-espertismo nas bibliotecas e outras instituições

 


Não tenho por hábito escrever sobre questões muito específicas relativas à relação com público. Mas esta semana, houve duas situações simbólicas do modo como o público encara o nosso trabalho e se desresponsabiliza.

A primeira, prende-se com o facto de que cada vez mais o público é apenas reativo. Passo a explicar: o leitor faz um empréstimo e é-lhe indicado um prazo de devolução. Normalmente, este esquece ou desvaloriza, porque espera receber uma notificação para cumprir a sua responsabilidade. Quando esta não existe, porque não é necessariamente obrigação da instituição, este age como se.

A segunda, prende-se com a presunção de rapidez na resposta a um e-mail, mesmo quando este é enviado fora de horas de serviço e/ou atendimento ao público. Enviar, p.e., um e-mail de inscrição uma hora antes do inicio da mesma, num horário que não corresponde ao de abertura do espaço, e esperar resposta é só falta de noção. Aparecer na dita atividade e atirar com um “presumo que seja hábito não responder” é falta de respeito.

O que fazemos nestes casos? Da minha parte, com um pouco de humor à mistura, explico que, enquanto funcionária, não sou obrigada a trabalhar fora do meu horário e que, como adulta, é minha responsabilidade saber que prazos tenho ou não de cumprir. Mas há dias em que a paciência…

Comentários

  1. Nem mais. Se queremos ser respeitados nos nossos horários, e não só, há que respeitar os outros.

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